domingo, 16 de maio de 2010

tal do tempo'

Um dia você vai estar sozinho, vai fechar os olhos e tudo estará negro.
Os numeros da sua agenda passarão claramente na sua frente e você não terá nenhum numero mais pra discar.
Sua boca vai tentar chamar alguém, mais não há ninguém solidário o bastante pra sair correndo e te dar um abraço, ou te colocar no colo e acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar. Nessa fração de segundos, quando seus pés se perderem do chão, você vai se lembrar da minha ternura e do meu sorriso infantil.
Virão súbitas memórias dos meus abraços e beijos, da minha preoucupação com você, e só vão ter algumas musicas repetindo no seu rádio: as nossas.
Em um novo momento, você vai sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração e vai torcer bem forte pra ter nosso mundo delicioso de novo.
O nome disso é saudade, aquilo que eu tinha tanto, e te falava sempre. E quando você finalmente discar meu numero, ele estará ocupado demais, ou nem será mais o mesmo, ou até mesmo que eu não queira mais te atender. E se você bater na minha porta, ela estará muito trancada, e se aberta, mostrará uma casa vazia. Seus olhos te ensinaram o que é lágrimas, aquelas que eu te disse que ardiam tanto. O nome do enjoô que você vai sentir é arrependimento, e a falta de fome que virá se chama tristeza. Então, quando os dias passarem e eu não te ligar, quando nada de bom te acontecer, e ninguém te olhar com meus olhos encantados, você encontrará a famosa solidão. Apartir daí, o que acontecerá, chama-se surpresa. E provavelmente o remédio pra todas essas sensações acima... É o tal do tempo em que você tanto falava!

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