sexta-feira, 16 de julho de 2010

Amor incondicional

Era uma noite fria de inverno, ele me ligou dizendo que eu nunca fui o bastante para ele, e terminou tudo. Fiquei sob o meu cobertor chorando por horas, até conseguir descansar às 3:00 horas da manhã. No dia seguinte não tive condições de me levantar, falei que estava doente, e realmente estava... Doente da insaciável saudade que habitava meu peito.
Pelos dias seguintes, minha vida não tinha mais cor. O meu sorriso antes interminável, ninguém mais via. Todos me perguntaram o motivo, que acabei guardando para mim mesma. E somente semanas depois que fui ficar sabendo, que além de tudo o meu grande amor, havia me traído. Nunca imaginei que algum dia eu passaria por isso, jamais! Era como se o meu coração não tivesse mais motivos para bater. E mesmo que tivesse e eu sabia que tinha, esses motivos estavam cada dia mais longe de meu alcance.
Eu acabei ficando dois anos sem ninguém, absolutamente ninguém. Enquanto ele, já havia namorado, ficado, com gente que eu nem conhecia, com as minhas próprias amigas... Com todas!
Quando eu fiquei com ele pela primeira vez tinha 12 anos, já fazia dois anos que eu o conhecia, e dois anos que eu era apaixonada por ele. Fazia quatro anos que nos conhecíamos, dois que nos separamos e quatro que eu o amo. Sempre tive a absoluta certeza de que ele era o amor da minha vida, o meu amor incondicional.
Nessas paginas de minha história acabei conhecendo um novo garoto, aos 14 anos. Danilo foi a primeira pessoa com quem eu me envolvi depois do Carlos o meu grande amor. Minha história com Danilo foi bonita, jamais o enganei... Assim com ele. E foi por esse motivo, que acabamos terminando.
Mas uma vez me encontrei sozinha, cada dia que passava as lembranças se apagavam da minha memória. Nunca mais entrei em seu Orkut, ou se quer olhei novamente a minha velha foto ao seu lado. Achei que com isso eu fosse esquecê-lo, que tolice a minha. Ele não estava em minha mente, estava em meu coração, e de lá ninguém move nada.
Estava namorando outro cara nessa época, que insistia em tirar a minha virgindade. Quando aos vinte anos, vi o meu amor à beira da morte. Ele após sair bêbado de uma festa com os amigos e suas ficantes bateu o carro, que capotou no acostamento. Fiquei três dias praticamente seguidos no hospital. Quando resolvi fazer um jura: “Deus se o senhor salva-lo juro que permanecerei virgem para o meu grande amor.” Semanas depois ele foi liberado do hospital, sobre uma cadeira de rodas onde está até hoje.
Hoje eu tenho 62 anos, cabelos brancos já podem ser vistos em lotes. Sou virgem, e estou ao lado do meu grande amor. Temos o nosso haras, que a anos quando namoramos sempre foi o nosso grande sonho. Consegui tudo o que eu sonhei na minha vida, e mesmo sabendo que ele não me ama como eu o amo, sei que tenho que estar ao seu lado para protegê-lo. Afinal o meu amor por ele era incondicional.

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