E mesmo que por alguns minutos eu tenha até mesmo me sentido suja, usada, enganada por você, eu consegui me dar conta de três coisas.
A primeira, eu tinha sido sincera. Mais até do que o normal. Não que você fosse especial demais para merecer, mas porque eu sou sincera mesmo. E naquela cama, olhando para você, eu fui sincera comigo, com tudo aquilo que eu sinto e deixo de sentir. E isso, essa sensação de alívio, de dizer o que se pensa, o que se sente, não tem preço.
É pensando em você, em mim e na gente que eu me dei conta da segunda coisa; você seria, para mim, apenas mais um babaca com um piru acoplado na pélvis e um bom papo que passaria pela minha vida. E eu serei para você talvez o que sempre fui, aquilo que você sempre disse que eu era. Eu fui, sou e sempre serei “a menina diferente de todas as outras que existem por aí”.
Espero que você, meu caro amor falido, encontre sim alguém melhor que eu antes dos seus quarenta anos, alguém bom que te ame e te respeite. Alguém que, vamos combinar, não se encontra em mercados e micaretas. Não é nem questão de massagear ego, mas homens iguais a você tem aos montes por aí. Eu mesma já conheci vários. Mas mulheres como eu, você só conheceu mesmo a mim.
Vai ver eu resolvi ver em você não o que um dia você foi, se é que já foi, mas aquilo que eu queria ver. Eu, tanta areia para esse seu caminhãozinho de merda que não importa o número de viagens que faça ou quão bom seja na cama, não me basta. Limpa, eu me dei conta de que você não me basta. É, não basta.
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