quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Sou eu
Ela não deixou de dormir. Ela não chorou ao ouvir falarem que te viram chorando. Ela não voltou depois que você foi. Ela não admira o trabalho e esforço do seu irmão. Ela não quer saber dos motivos e das paixões da sua irmã. Ela não tem curiosidade e vontade de conhecer seu outro irmão. Ela não quis ser amiga da sua mãe. Ela não quis ser querida pelo seu pai. Ela não quis ouvir as histórias dos seus avôs. Ela não quis ir ao Morumbi com você. Ela não quis passar o tempo no seu sítio. Ela não quer fazer parte das conversas de fins de anos das suas primas. Ela não quer te acompanhar nas visitas à sua mãe, nos finais de semana. Ela não sentiu algo ao entrar no seu carro. Ela te olha, não te enxerga. Seus lábios, para ela, são banalizados pelos beijos. Seu perfume é só mais um cheiro importado. Suas roupas se limitam em estilo. Isso vale para ela e para qualquer outra. Para aquela com quem você terminou há pouco tempo, e aquela que está no seu sofá agora. Incluse para aquela que você ainda vai beijar. Menos para uma. Pois uma é diferente, uma se importa, uma sentiu e sente tudo isso. Só uma é idiota o bastante para continuar te querendo de um jeito tão improvável. Uma que não teria vergonha de assumir. Não teria vergonha de te assumir. De assumir tamanhos sentimentos, sentimentos por você. Uma única que não teria vergonha de falar: sim, sou eu.
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