domingo, 5 de dezembro de 2010

Sinto sua falta,

Eu não estou chateato. Estou decepcionado. Cansado de olhar para muitos rostos e perceber sempre a mesma feição. Você me diz mentiras e quer que eu finja que são meias-verdades? Quer que eu olhe nos seus olhos e diga que acredito no que diz quando a sua alma me grita a verdade?
Eu sou a inconstância, sou a escuridão. Sou a certeza, mas nunca a razão. É estranho o modo como você se entrega ao que não pode ver. Como se entrega a mim. Você simplismente caminha. Caminha como se o chão fosse desabar atrás de sí. E quando se entrega aos meus braços eu tomo mais de mim mesmo. Posso te entender, mas você precisa me deixar. Deixe-me chegar onde você nem imagina existir.
Mas quando você vai embora, eu fico feito louco. Não sei mais quem eu sou. Eu olho para tudo e não reconheço nada. Sem você não posso ver a verdade. Sem você não posso SER a verdade.
No entanto, parece mesmo que você se achou quando me perdeu. Não lhe peço para voltar. Nunca pedi para ir embora.Você virá quando precisar vir. E irá quando precisar ir. Não sou dono nem do meu próprio coração, querer enjaular o seu seria como ter em mãos um pássaro que jamais cantará.
Sinto sua falta. Todo tempo...

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