(Palavras Trocadas)
domingo, 12 de dezembro de 2010
Veneno.
Meu coração sangrando, e você ai, parado, com seu jeito observador que surpreendentemente ainda me deixa louca, alucinada, esse seu jeito de quem sempre fica quieto analisando a situação como se não pudesse fazer nada. Mas você sabe, você pode, só você tem a cura pra esse coração que pulsa e pula descontroladamente quando você está perto, só você pode me salvar, mas você insiste em ficar parado frio e calculista, você insiste em querer ser o veneno, em querer ser aquilo que me mata aos poucos. Sua ausência, a ausência do teu cheiro, teus beijos, teu sorriso, a ausência de você me deixa maluca e doente, mas você insiste em se manter distante. Éramos um só a um tempo atrás, você me alimentou com sua fonte de mentiras, suas ameaças vazias,dizendo que iria embora e vejo que se foi, e então agora é só você, porque o eu não existe mais, você se foi, mesmo que eu saiba que ainda sente algo por mim, não há nada que eu possa fazer, além de te observar. E você fica parado, com seu jeito observador que surpreendentemente ainda me deixa louca, alucinada, você pode, você tem que fazer algo, eu suplico pra que me resgate desse estado de dependência extrema, eu grito em silêncio, porque o som das minhas palavras já não saem, e você hoje em dia já é incapaz de entender esse meu silêncio desesperador. Mas você insiste em ficar parado frio e calculista, porque você sempre tem que ser assim? Vivo nas sombras, mas já me acostumei a enxergar no escuro, e a lâmina da tua ausência que me corta a cada dia já provocou uma anestesia em mim, tento correr, mas não quero ir, sei que é isso que me prende aqui, é a minha vontade de você, o que fazer? Sei que devo ir, embora eu não queira, me tira daqui? Você pode ser a cura, porque insiste em ser o veneno?
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desilusão amorosa
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