domingo, 13 de fevereiro de 2011
sobre a solidão
Fiquei triste. Tive dois sonhos estranhos essa noite. Um deles foi com um jacaré que ficava me perseguindo por todos os lugares. O outro foi bem intrigante. Nos últimos tempos, uma dor de ouvido me acompanha. Ela é leve, mas incomoda. E coça, coça, coça. Ainda não tive a decência de ir ao médico, volta e meia fico me coçando pra tentar amenizar a angústia lá dentro. Bom, voltando ao que eu dizia: sonhei que estava coçando absurdamente meu ouvido e lá de dentro saiu uma flor amarela e rosa e uma mini-árvore bonita. Mas não foi por isso que fiquei triste, mesmo porque adoro flores (faz tempo que ganhei a última, então se você quiser me dar eu aceito de sorriso largo).
Não gosto de coisas mal explicadas, esclarecidas ou colocadas. Prefiro o limpo. Se algo não vai bem não consigo dormir tranquila, e foi o que aconteceu essa noite. Não consigo viver com nada entalado, sabe? Pra mim isso é a pior coisa do mundo. Por favor, não me julgue. Pergunte, fale, me ouça, enxergue. Não sou fácil, mas acho que ninguém é (é?). Tudo pode ser conversado, basta saber ouvir sem arrogância ou pré-conceitos. Não estabeleça rótulos pra mim, tampouco me catalogue. Não tenho definição certa, mas vivo com um sentimento que nunca dorme ou se cala. Tente me descobrir. E entenda que inseguranças fazem parte da vida de todos nós. Não me mande superar uma coisa sem saber como me sinto na frente dela. Me dê apoio quando eu preciso, pois por mais forte que eu seja muitas vezes preciso de uma mão na cabeça e por mais mimada que eu pareça muitas vezes preciso enfrentar as coisas. Para ambas as situações, preciso de apoio (e quem não precisa?).
Se uma coisa é importante para mim, não desvalorize ou zombe. Seja você mesmo sempre, não mude, apenas busque a sensibilidade no fundo. Falta de tempo não é desculpa para não olhar no fundo da alma. Se você me pede uma coisa e eu faço, pois sei que é importante, se coloque no meu lugar: muitas coisas pra mim são importantes. Entenda que o silêncio machuca. E que qualquer relação é baseada em apoio. E que apoiar não é só estar ao lado. A gente tem que enxergar o outro. Eu, por exemplo, quando atravesso alguma nova fase, preciso de carinho, colo, atenção. Quem me conhece sabe. Procuro ficar atenta, pra poder perceber o que o outro precisa ou quer.
Dormi mal, acordei meio sem fome. Isso pra mim é perigoso, pois eu vivo com fome. Sabia que algo não estava bem, só não pensei que estivesse tão triste. E nem era por medo do jacaré. Fui tomar banho, sentei no chão, deixei a água quente cair nos meus ombros, abracei as minhas pernas e chorei, chorei, chorei. As lágrimas se misturaram com a água que caía. E eu não me misturava com nada, tentava apenas separar as coisas na minha cabeça. Fui trabalhar quieta, conversando comigo mesma, vendo que de vez em quando a gente se sente mesmo só. E por mais que a gente tente explicar algo pra uma pessoa, ela só vai entender se quiser, se fizer um esforço.
No meio do caminho, as pessoas falavam comigo, a música tocava e por qualquer motivo tolo eu engasgava. Vi que tem mais choro preso. Mas como eu já aprendi que no fundo é a gente e a gente mesmo, vou deixar pra chorar quando voltar pra casa e abraçar uma almofada colorida. Pra combinar com as cores que normalmente eu enxergo a vida - e as pessoas.
Não gosto de coisas mal explicadas, esclarecidas ou colocadas. Prefiro o limpo. Se algo não vai bem não consigo dormir tranquila, e foi o que aconteceu essa noite. Não consigo viver com nada entalado, sabe? Pra mim isso é a pior coisa do mundo. Por favor, não me julgue. Pergunte, fale, me ouça, enxergue. Não sou fácil, mas acho que ninguém é (é?). Tudo pode ser conversado, basta saber ouvir sem arrogância ou pré-conceitos. Não estabeleça rótulos pra mim, tampouco me catalogue. Não tenho definição certa, mas vivo com um sentimento que nunca dorme ou se cala. Tente me descobrir. E entenda que inseguranças fazem parte da vida de todos nós. Não me mande superar uma coisa sem saber como me sinto na frente dela. Me dê apoio quando eu preciso, pois por mais forte que eu seja muitas vezes preciso de uma mão na cabeça e por mais mimada que eu pareça muitas vezes preciso enfrentar as coisas. Para ambas as situações, preciso de apoio (e quem não precisa?).
Se uma coisa é importante para mim, não desvalorize ou zombe. Seja você mesmo sempre, não mude, apenas busque a sensibilidade no fundo. Falta de tempo não é desculpa para não olhar no fundo da alma. Se você me pede uma coisa e eu faço, pois sei que é importante, se coloque no meu lugar: muitas coisas pra mim são importantes. Entenda que o silêncio machuca. E que qualquer relação é baseada em apoio. E que apoiar não é só estar ao lado. A gente tem que enxergar o outro. Eu, por exemplo, quando atravesso alguma nova fase, preciso de carinho, colo, atenção. Quem me conhece sabe. Procuro ficar atenta, pra poder perceber o que o outro precisa ou quer.
Dormi mal, acordei meio sem fome. Isso pra mim é perigoso, pois eu vivo com fome. Sabia que algo não estava bem, só não pensei que estivesse tão triste. E nem era por medo do jacaré. Fui tomar banho, sentei no chão, deixei a água quente cair nos meus ombros, abracei as minhas pernas e chorei, chorei, chorei. As lágrimas se misturaram com a água que caía. E eu não me misturava com nada, tentava apenas separar as coisas na minha cabeça. Fui trabalhar quieta, conversando comigo mesma, vendo que de vez em quando a gente se sente mesmo só. E por mais que a gente tente explicar algo pra uma pessoa, ela só vai entender se quiser, se fizer um esforço.
No meio do caminho, as pessoas falavam comigo, a música tocava e por qualquer motivo tolo eu engasgava. Vi que tem mais choro preso. Mas como eu já aprendi que no fundo é a gente e a gente mesmo, vou deixar pra chorar quando voltar pra casa e abraçar uma almofada colorida. Pra combinar com as cores que normalmente eu enxergo a vida - e as pessoas.
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Clarisse Corrêa
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