segunda-feira, 6 de junho de 2011
Dizem que o amor se faz de uma comunidade de interesses subterrâneos, restos de vozes, hábitos que nos ficam da infância como uma melodia sem letra, paixões pisadas na massa funda do tempo, mas nesses anos entre guerras, os sentimentos explicados não interessavam a ninguém. O amor era então uma criação fulminante do tédio e dainocência, feito do carnal recorte da beleza, magnífico de crueldade. Amei-te de repente, com a luminosa injustiça que me afastou de todos os que me amaram por me serem semelhantes.
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Clarisse Lispector
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