sexta-feira, 24 de junho de 2011

Passei a semana esperando qualquer sinal de vida seu. Qualquer ruído eu conferia se não era o meu celular vibrando. Nada. Ele não tocou, não vibrou e você não mandou notícias. Eu passei o dia esperando você aparecer pra não ficar com a sensação que eu amei um cara que não existe. Uma, duas, cinco horas e nada. Nenhum sinal.
Eu jurava de pé junto que você era o cara perfeito pra mim. Eu conhecia todos os seus jeitos de olhar, conhecia todas as suas linhas de expressão e adivinhava até o que você pensava. Eu sabia tudo o que você faria antes mesmo de você fazer alguma coisa e conhecia você como a palma da minha mão.
Ontem, quando eu me jurei pela milésima vez ser a última que eu chorava por ti, eu me dei conta que a gente nunca teve uma história de verdade, só capítulos. Você me procura quando está morrendo de saudade do meu cheiro, do meu beijo, do meu carinho desmedido. E eu, tola, apaixonada, sempre quebro as minhas promessas de que vai ser a última vez. Ontem eu me dei conta que há muito tempo a gente não existe, porque eu não passo de “a mulher perfeita pra você” e você "o cara perfeito pra mim”. E mesmo assim, você continua sendo o cara que me usa como remédio para sua vida tediosa e eu a garota idiota que te coloca como objeto do meu amor.
Qualquer segundo que eu fico sem pensar em nada é uma eternidade a mais que eu penso em ti. Eu tento encaixar as peças desse quebra-cabeça, mas sempre falta algum pedaço. Sempre falta alguma coisa. E eu to sempre sozinha.
Ontem, eu me dei conta do tanto que eu me iludi gostando de você. Me dei conta que não é possível lutar por aquilo que a gente não tem. E que a gente não perde o que nunca teve. Meu barco anda meio sem rumo e te confesso que o que eu mais queria era encontrar um porto pra descansar minha alma. A dor que eu sinto nem você e nem ninguém pode entender.

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