terça-feira, 20 de julho de 2010

saudade

Sinto falta, falta ainda não sei de quê. Mas ela está estampada na minha cara! Talvez seja da minha infância, velha infância, da inocencia que me dominava, dos amiguinhos fiéis e das briguinhas bobas. Dizem que saudade vai e volta. A minha já se foi, fiquei feliz de te-la superado, mais daí ela voltou, demonstrando o quanto odiava o meu sorriso, e toda a minha felicidade. Eu era tão novinha, e a dor já estava em mim, o desejo de voltar atrás, o arrependimento, o erro, a falta de algo, o vazio completo. Eu cresci, no meio dessa revolta e dessa tristeza. A saudade nunca tomava uma decisão, estava tão perto e tão longe! E a maior saudade era dos meus amiguinhos, pior do que ela, é se sentir só. Mas ao mesmo tempo que queria ter alguém, tinha medo. E se a saudade resolvesse aparecer denovo? Não, eu não estava preparada, na verdade nunca estive e ela insistia em ficar atrás de mim. Ela era tão chata, tão agoniante, sufocante, irritante. Cheguei ao ponto de conversar com ela e explica-la o quão mal ela me fazia, mais parecia que aquilo era o que ela queria, era oque ela tinha que provocar. O mal, a dor, a solidão. E eu realmente estava perdendo, toda essa batalha. Até que.. conheci alguém. Ó! Era uma anjinha, educada, simpática, gentil e cáracteristicas mais. Nos apegamos tão rápido, ainda que aos 8 aninhos de idade. Apartir daí, eu vivia com ela, ela era o meu porto seguro, o meu diário, minha vida e sempre deixava bem claro a todos, que era minha, só minha. Tinha um ano a menos que eu, e era tão madura, tão esperta. Passamos anos juntas, 8.9.10.11.. e eu estranhava, a ausencia de alguma coisa. Me toquei rapidamente, que era da saudade. Um medo tomou conta de mim, porque pensava nela justo aquela hora? Um aviso? Quem sabe. Os meses se passaram, e era o meu aniversário de 12 anos. Péssimas lembranças. Nele, recebi a pior notícia da minha vida. Ela iria embora, o coplemento da minha vida, a minha proteção, o meu anjinho, iria.. e nunca mais voltaria.
Passou-se um mês, e ela se foi. A saudade, me chamou outra vez. Acho que nunca estive só, ela sempre esteve comigo. Porém, sua companhia, nunca me agradou.

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