sábado, 6 de novembro de 2010

Caro Amor

Eu estou lhe escrevendo esta carta, para te dizer algumas coisas que estão presas em mim a muito tempo. Amor, eu estou confusa. Se tu Amor, que teu nome soa tão doce e suave, causa tanto sofrimento, então o ódio que é o contrário de ti, com seu nome tão maldoso e amargo, causa coisas boas? Me diga Amor, na verdade tu es então apenas a ilusão disfarçada? Por que Amor, se tu diz ser alguém de tanta felicidade, causa dor em tantas pessoas? É sempre assim, tu começas de forma mais dócil para todos se voltarem pra ti, deixa eles a ponto de darem a vida por ti e no final se transforma em um monstro que os ataca com sua desilusão. Eu te amava tanto Amor, agora eu acho que te odeio. Mas, se o ódio es o contrário de ti, então eu não te odeio. Só que por mais que eu não te queira mais, tu ainda está em mim, ainda está aqui me dilacerando por dentro, com raiva, e isso dói. E lhe digo mais, dor pior que essa não tem. Por que Amor? Afinal, o que eu te fiz para ser tão cruel comigo e também com o resto do mundo? Nós só queremos te amar. Então é isso? Tu não gostastes do amor? Mas, se tu se diz amor, como não gostastes de si próprio? Quem es tu afinal? O que queres de mim? Por que es assim? Pare! Eu lhe peço, pare de me deixar confusa Amor. Eu só quero apenas uma coisa. Eu te escrevi esta carta para lhe pedir, que vá embora do meu coração. Saia daqui e nunca mais volte. Eu te amo, mas não aguento mais sofrer. Adeus Amor.

(Créditos Rubie)

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