quinta-feira, 30 de junho de 2011

Antes de pensar no outro a gente precisa pensar na gente (alguém me lembra disso daqui a 10 minutos?). E sempre fui de colocar o outro na frente. Se você está com problema, sentou aqui e contou, pode ter certeza que vou ficar pensando numa forma de ajudar. Vou movimentar quem eu conheço pra ajudar. Já dei roupa, dinheiro, comida, tempo, ouvidos, colo, abraços. Já dei minha paz.
(...) Não mereço um prêmio por nada, nadinha disso, fiz e faço muitas outras coisinhas, coisas e coisonas porque gosto, porque me sinto bem fazendo, porque acho que certas coisas a gente precisa e deve fazer. É o meu jeito, é a minha maneira de viver. Só não quero me frustrar tanto com os outros. Sempre penso que se eu faço o outro também pode fazer e isso é errado, tá errado, muito errado (me lembra disso hoje e amanhã e depois?), afinal, cada um é de um jeito, cada um tem seus valores, cada um tem sua personalidade, cada um tem sua prioridade, cada um tem um estilo de ser e ver. Mas uma coisa é certa: preciso parar de olhar tanto para você e olhar mais para mim.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Controla, menina, controla esse coração angustiado. Controla essas palavras ácidas que pulam da sua boca, dá um jeito nesse seu jeito inseguro. Dá um jeito nessa sua vida, não dá pra viver no escuro, de olhos cegos, apalpando o nada. Escolha um caminho, vai em frente, não olha pra trás, não olha pra baixo como quem tem arrependimento de ser o que é.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Insistir em um amor não correspondido é como calçar um sapato que não te cabe mais. Aperta, machuca, sangra e deixa feridas que só o tempo é capaz de curar. Então, descalça-te! Estejas de pés e coração livres para calçar um amor que tenha o teu número. Na hora certa ele há de chegar! ;)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Eu gosto de quem facilita as coisas, de quem aponta caminhos ao invés de propor emboscadas. Eu sou feliz ao lado de pessoas que vivem sem códigos, que estão disponíveis sem exigir que você decifre nada. O que me faz feliz é leve e, mesmo que o tempo leve, continua dentro de mim. Eu quero andar de mãos dadas com quem sabe que entrelaçar os dedos é mais do que um simples ato que mantém mãos unidas. É uma forma de trocar energia, de dizer: você não se enganou, eu estou aqui. Porque, por mais que os obstáculos nos desafiem, o que realmente permanece costuma vir de quem não tem medo de ficar.

domingo, 26 de junho de 2011

Esqueça, se ele não te ama
Esqueça, se ele não te quer
Não chore mais, não sofra assim
Porque posso te dar amor sem fim
Ele não pensa em querer-te
Te faz sofrer e até chorar
Não chore mais, vem pra mim vem
Não sofra, não pense
Não chore mais meu bem.
Esqueça, se ele não te ama
Esqueça, se ele não te quer
Não chore mais, não sofra assim
Porque posso te dar amor sem fim
Ele não pensa em querer-te
Te faz sofrer e até chorar
Não chore mais, vem pra mim vem
Não sofra, não pense
Não chore mais meu bem.

sábado, 25 de junho de 2011

Me desculpe

Me desculpe por ter tomado a iniciativa. Me desculpe por ter escrito. Me desculpe por ter ligado. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por ter dito sim. Me desculpe por ter gemido. Me desculpe por ter gozado. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelos machucados que sua ex deixou em você. Me desculpe por eu ter vindo logo atrás dela. Me desculpe por querer entender seu silêncio. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu não ter usado máscara. Me desculpe por desejar alguma intensidade. Me desculpe por desejar. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe pelo que foi ruim. Me desculpe pelo que foi bom. Me desculpe pelo atrevimento de supor que eu merecia o que de bom aconteceu. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu ter tirado a roupa. Me desculpe por eu ter mostrado meu corpo. Me desculpe por eu ter gostado de mostrar meu corpo. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por eu ter escrito coisas lindas para você. Me desculpe por você não ter entendido um terço do que eu escrevi. Me desculpe por você ter me achado ousada demais. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por, em algum momento, eu ter te amado. Me desculpe por, em algum momento, eu ter te achado bonito. Me desculpe por, em algum momento, eu ter me achado bonita. Me desculpe por eu ter voz.
Me desculpe por você torcer para o Grêmio. Me desculpe se uma barata entrar na sua cozinha algum dia. Me desculpe por eu ter voz.
Mas, sobretudo, me desculpe por pedir essas ridículas, inúteis e dolorosas desculpas. Que, naturalmente, não são para você, afinal, porcos não reconhecem pérolas.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Passei a semana esperando qualquer sinal de vida seu. Qualquer ruído eu conferia se não era o meu celular vibrando. Nada. Ele não tocou, não vibrou e você não mandou notícias. Eu passei o dia esperando você aparecer pra não ficar com a sensação que eu amei um cara que não existe. Uma, duas, cinco horas e nada. Nenhum sinal.
Eu jurava de pé junto que você era o cara perfeito pra mim. Eu conhecia todos os seus jeitos de olhar, conhecia todas as suas linhas de expressão e adivinhava até o que você pensava. Eu sabia tudo o que você faria antes mesmo de você fazer alguma coisa e conhecia você como a palma da minha mão.
Ontem, quando eu me jurei pela milésima vez ser a última que eu chorava por ti, eu me dei conta que a gente nunca teve uma história de verdade, só capítulos. Você me procura quando está morrendo de saudade do meu cheiro, do meu beijo, do meu carinho desmedido. E eu, tola, apaixonada, sempre quebro as minhas promessas de que vai ser a última vez. Ontem eu me dei conta que há muito tempo a gente não existe, porque eu não passo de “a mulher perfeita pra você” e você "o cara perfeito pra mim”. E mesmo assim, você continua sendo o cara que me usa como remédio para sua vida tediosa e eu a garota idiota que te coloca como objeto do meu amor.
Qualquer segundo que eu fico sem pensar em nada é uma eternidade a mais que eu penso em ti. Eu tento encaixar as peças desse quebra-cabeça, mas sempre falta algum pedaço. Sempre falta alguma coisa. E eu to sempre sozinha.
Ontem, eu me dei conta do tanto que eu me iludi gostando de você. Me dei conta que não é possível lutar por aquilo que a gente não tem. E que a gente não perde o que nunca teve. Meu barco anda meio sem rumo e te confesso que o que eu mais queria era encontrar um porto pra descansar minha alma. A dor que eu sinto nem você e nem ninguém pode entender.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O medo de amar

Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.
O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.

E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Queria me apaixonar de novo
e mais uma vez por você
nada diferente de tudo que já tive
nem de mais ou de menos, mas exato
como nosso tempo no espaço
como os abraços que nunca se desfizeram
e os beijos não terminados
é tanto passado nesse presente
indiferente, se não fizer futuro.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Amor é uma injustiça, minha filha.
Uma monstruosidade.
Você mentirá várias vezes que nunca amará ele de novo e sempre amará, absolutamente porque não tem nenhum controle sobre o amor.

domingo, 19 de junho de 2011

Silêncio

Permita-me desfalecer enquanto disserto sobre coragens que não tenho. Deixe-me ir quando não houver mais disposição para ficar. Aceite minhas falhas que hoje me definem e me limitam, mas diga o que for preciso pra me corrigir. Deixe-me chorar pela incompletude desses dias que não passam, mesmo que seja bobagem, mesmo que minha solidão seja infundada e incompreensível. O telefone não toca e se você não conhece o desespero do silêncio, apenas aceite.
Eu ando sorrindo mentiras por aí. Fazendo novos eus, como se só houvesse possibilidade de ser verdade ao lado de alguém. É coisa de gente que se ilude, eu sei, gente que espera o aval de outras pessoas para ser feliz. Mas é que me dá um aperto, uma angústia. Você sabe do que eu estou falando, aquele sentimento que a gente tem quando todo dia é segunda-feira. Eu espalhei muito sorriso à toa, pra ver se um deles prendia alguém no canto dos lábios. Não funcionou. Mas ainda tenho alguns guardados, chorosos, quase desistentes, quase sem motivo, esperando valer à pena escapar pelos olhos.
Perdoe-me a indelicadeza, a maneira bronca no convívio humano. Falta-me a consciência de amar. Sobra-me o medo de ser mal entendida. Tenho limitações bobas que não se explicam com definições certas, palavras existentes. Tem um dicionário inteiro de termos ainda não criados para falar sobre mim. Não sei o que, não sei o motivo, não sei como. Não explico, nem me importo. Apenas sou. E isso tem que bastar.
Você me pergunta se eu não tenho coração. Eu tenho. Tenho um coração vazio de ódio ou amor. Se você não consegue ouvi-lo é porque não faz ele bater. Me provoque, me ofenda, brigue comigo, mas não me deixe presa no comum. Não permita que o tédio silencie meu coração.

sábado, 18 de junho de 2011

Foram muitos dias nessa tortura, então entenda que percorri todas as rotas de fuga. Cheguei a procurar notícias suas pelos jornais, pois só um obituário justificaria tamanha demora em uma ligação.
Enfim, por muito mais tempo do que desejaria, mantive na ponta da língua tudo o que eu devia te dizer, e tudo o que você merecia ouvir, e tudo. Mas você não ligou.
Mando esta carta, portanto, sem esperar resposta. Nem sequer espero mais por nada, em coisa alguma, nesta vida, pra ser sincera. No que se refere a você, especialmente, porque o vazio do seu sumiço já me preenche; tenho nele um conforto que motivos não me trarão.
Não me responda, então, mesmo que deseje. Não quero um retorno; quis, um dia, uma ida. Que não aconteceu, assim deixemos para lá.
Estaria, entretanto, mentindo se não dissesse que, aqui dentro, ainda me corrói uma pequena curiosidade. Pois não é todo dia que uma pessoa não vai e não liga, é? As pessoas guardam esses grandes vacilos para momentos especiais, não guardam?
Então, eis a minha única curiosidade: você às vezes pensa nisso, como eu penso? Com um suave aperto no coração? Ou será que você foi apenas um idiota que esqueceu de ir?

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Todas as palavras certas da pessoa errada e todas as pessoas erradas que insistem em tentar me fazer feliz quando são incapazes por natureza. Os risos forçados que geram lágrimas no travesseiro, as danças vazias que geram um vazio ainda maior. Os finais de semana que doem o resto dos dias. A mentira que preenche de ar o que devia ser companhia. A amargura que cresce rancor por coisas pequenas e afáveis dos que são capazes da felicidade.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Não podemos dar a nós mesmos mais uma chance
Por quê não podemos dar ao amor mais uma chance
Por quê não podemos dar amor...
Dar amor, dar amor, dar amor, dar amor...
Pois o amor é uma palavra tão fora de moda
E o amor te desafia a se importar com
As pessoas no limite da noite,
E o amor desafia você a mudar nosso modo de
Nos preocupar com nós mesmos.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Parece que não tem mais jeito. Dizer “parece que não tem mais jeito” é muito otimismo da minha parte. Uma esperança que, pelo que dizem, não tem mais razão de ser. Mas, que não consigo abandonar. É tudo muito doido e doído. Não consigo nem pensar logicamente a respeito. Porque os sentimentos chegam todos antes da razão. É um tempo de espera. Mas, de uma espera ruim. Você acorda e pensa que tá tudo bem e lembra e tá tudo errado. Absurdamente errado. Não é tristeza que sinto, é assombramento.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Quero tudo novo de novo. Quero não sentir medo. Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais. Viajar até cansar. Quero sair pelo mundo. Quero fins de semana de praia. Aproveitar os amigos e abraçá-los mais. Quero ver mais filmes e comer mais pipoca, ler mais. Sair mais. Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto. Quero ter momentos de paz. Quero dançar mais. Comer mais brigadeiro de panela, acordar mais cedo e economizar mais. Sorrir mais, chorar menos e ajudar mais. Pensar mais e pensar menos. Andar mais de bicicleta. Quero ser feliz, quero sossego. Quero me olhar mais. Cortar mais os cabelos. Tomar mais sol e mais banho de chuva. Preciso me concentrar mais, delirar mais. Não quero esperar mais, quero fazer mais, cantar mais e mais. Quero conhecer mais pessoas. Quero olhar para frente e só o necessário para trás. Quero olhar nos olhos do que fez sofrer e sorrir e abraçar, sem mágoa. Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa. Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão. Quero aceitar menos, indagar mais, ousar mais. Experimentar mais. Quero menos “mas”. Quero não sentir tanta saudade. Quero mais e tudo o mais.
“E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha"

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Você tampa a panela, dobra o avental, deixa a lágrima secar no arame do varal. Fecha a agenda, adia o problema, atrasa a encomenda, guarda insucessos no fundo da gaveta. A idéia é tirar a tarja preta e pôr o dedo onde se tem medo. Você vai perceber que a gente é que faz o monstro crescer. Em seguida superar o obstáculo, pois pode-se estar perdendo um espetáculo acontecendo do outro lado. Atravessar o escuro até conseguir tatear o muro, que é o limite da claridade. Se tiver capacidade para conquistá-la, tente retê-la o mais que puder. Há que ter habilidade, sem esquecer que a luz é mulher. Do inferno assim desmascarado, é hora de voltar. Não importa se é caminho complicado, se a curva é reta, ou se a reta entorta. Você buscou seu brilho, voltou completa; jogou a tranca fora, abriu a porta.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Você deveria saber. Eles nunca são a resposta. Nunca foram. Que é que você quer? Por que você olha tanto pro celular? Existe alguém no mundo, nesse momento, que poderia te ligar agora e te deixar feliz? Não. Ninguém é a resposta. Nem o sofá, nem a festa, nem ficar em casa, nem a água com gás, nem olhar com nojo para o grupo de piriguetes vips que não prestam pra nada a não ser frequentar festas para sair em revistas e angariar empresários. Finalmente já tenho o que esperar: o carro. Finalmente já tenho o que fazer: ir embora. Na verdade a única coisa que estou sempre esperando e querendo é ir embora. De todos os lugares, de todas as pessoas. Eu não estou esperando nada a não ser o tempo todo sair de onde eu estou.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Não queria, desde o começo eu não quis. Desde que senti que ia cair e me quebrar inteiro na queda para depois restar incompleto, destruído talvez, as mãos desertas, o corpo lasso. Fugi. Eu não buscaria porque conhecia a queda, porque já caíra muitas vezes, e em cada vez restara mais morto, mais indefinido - e seria preciso reestruturar verdades, seria preciso ir construindo tudo aos poucos, eu temia que meus instrumentos se revelassem precários, e que nada eu pudesse fazer além de ceder. Mas no meio da fuga, você aconteceu. Foi você, não eu, quem buscou. Mas o dilaceramento foi só meu, como só meu foi o desespero. Eu quis tanto ser tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. (…) Fiquei, você sabe que fiquei. E que ficaria até o fim, até o fundo. Que aceitei a queda, que aceitei a morte. Que nessa aceitação, caí. Que nessa queda, morri. Tenho me carregado tão perdido e pesado pelos dias afora. E ninguém vê que estou morto.

terça-feira, 7 de junho de 2011

- Como assim eu mudei? Quando?
- Quando deixou de ser aquilo que era. Até mesmo quando deixou de fazer questão de todas essas coisas que hoje eu resolvi dar importância. E só dei importância porque quis que você soubesse o quanto eu a amo, o quanto sempre a amei. Antes eu nunca tivesse dito absolutamente nada do que eu disse. De repente, não estaria doendo como dói agora. Mas mesmo querendo muito a sensação de me arrepender de ter dito tudo o que eu disse, prefiro mesmo que você saiba. Um dia talvez você entenda o quanto a sua distração me dói, o quanto esse seu silêncio me rasga. O quanto machuca ver que se estragamos o que poderíamos ser, não foi por causa das nossas muitas brigas ou diferenças, foi porque desistimos de ser aquilo que sempre fomos não querendo estragar o que já tinhamos sido sem erro algum. Bel, eu não sei ficar distraído ao seu lado. E se isso vai te fazer feliz então seja. Mas não vai ser comigo.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Dizem que o amor se faz de uma comunidade de interesses subterrâneos, restos de vozes, hábitos que nos ficam da infância como uma melodia sem letra, paixões pisadas na massa funda do tempo, mas nesses anos entre guerras, os sentimentos explicados não interessavam a ninguém. O amor era então uma criação fulminante do tédio e dainocência, feito do carnal recorte da beleza, magnífico de crueldade. Amei-te de repente, com a luminosa injustiça que me afastou de todos os que me amaram por me serem semelhantes.

domingo, 5 de junho de 2011

''Ok, não vou mentir, tenho sentimentos de estimação por você. Mas estou deixando de alimentá-los. Um dia eles morrem.''
Sim, amo-o como louca - respondeu ela, empalidecendo, como se fosse de dor. - Eu nunca amei você assim, Vânia. Eu mesma sei que estou louca e é ruim amar assim. Escute, Vânia: mesmo antes eu já sabia e até em nossos momentos felizes eu pressentia que ele me traria apenas sofrimentos. Mas o que fazer se agora até os sofrimentos causados por ele são uma felicidade? Acha que estou indo ao encontro dele para ter alegria? Acha que não sei, de antemão, o que me espera e o que vou suportar dele? Pois ele jurava que me amava, sempre fazia promessas; mas eu não acredito em nenhuma de suas promessas, não dou nenhuma importância a elas, e antes também não dava, apesar de saber que ele estava mentindo para mim e que ele não é capaz de mentir. Eu mesma lhe disse, eu mesma, que não quero prendê-lo com nada. Com ele, é melhor assim: ninguém gosta, e eu em primeiro lugar, de estar amarrado. Apesar de tudo, sinto-me feliz em ser sua escrava voluntária; suportar dele tudo, tudo, só por ele estar comigo, só para eu poder olhar para ele. Que ame outra, mas que continue comigo, que eu esteja ao lado dele... Isso é baixeza, Vânia?

sábado, 4 de junho de 2011

Primeiro, que eu não fui ao Psicólogo por ter problemas mentais,não.
Fui porque queria conversar com alguém.
Se eu tenho uma melhor amiga ? Sim, tenho, más ela foi sorteada em ser amada por todos que ela se apaixonara, então não acharia interessante dividir essa história com ela. Mãe ? Bom, minha mãe sempre foi submissa, não entenderia uma paixão, um amor de verdade. Padre? Bem, algumas coisas seriam pecado ao ouvido dele, então...
Olha só Senhor Psicólogo, não me interrompa, por favor, apenas me ouça.

Ele foi meu grande amor, na verdade ainda É. Más assim, antes ele era o primeiro e o último pensamento que me vinha na cabeça, e agora tenho colocado outras coisas a frente desse amor. É difícil demais sabe? Diabos, alguém sempre tem alguma notícia dele, e falam na minha presença, não sei se de pirraça, de provocação, ou ingenuidade, o importante é que eu não queria saber dele sempre. Não ouvir uma nota fúnebre com o nome dele, já é a melhor noticia que posso ter. Eu o amei [amo] de verdade, más também, sabe ? Se ele tá bem, isso me dá um certo conforto,desconforto,desespero ,sossego; Uma certa raiva, mágoa, trauma...
Más enfim, ainda to viva e talz, e isso é de suma importância pra mim sabe? Tô comendo, saindo, [saindo não,tem tempos que fiz isso, é só pra ter assunto sabe?] , estudando.
Mas o moço num sai da minha cabeça, gostaria de saber se no futuro, a ciência vai estar tão avançada, que seria capaz de criar um antídoto anti-amor, sabe ? Não né? É, também acho que não. Porque se fosse possível, queria ser desse tempo. Não Doutor, não desse tempo aí da ciência avançada, más desse mesmo que eu vivo, sabe?
É que assim, mesmo eu sofrendo, mesmo eu morrendo de saudades dele, mesmo eu sonhando todas as noites com o sorriso dele, ele é a única pessoa que me faz sorrir todos os dias, mesmo eu estando com tantos problemas , Entende? Não?
É Doutor, se nem você que estudou pra entender as pessoas, entende desilusões amorosas, é melhor eu desistir de conversar com alguém sabe? Num sabe? É (...)

Tchau Doutor, eu volto se precisar de tarja preta!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Já fui de esconder o que eu sentia...
E sofri com isso.
Hoje não escondo nada do que sinto e penso,
e às vezes também sofro com isso,
mas ao menos, não compactuo mais
com um tipo de silêncio nocivo:
o silêncio que tortura o outro,
que confunde... o silêncio
afim de manter o poder num
relacionamento.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Era prazer? Era.
Mas era mais que prazer. Era alegria.
A diferença? O prazer só existe no momento.
A alegria é aquilo que existe só pela lembrança.
O prazer é único, não se repete.
Aquele que foi, já foi. Outro será outro.
Mas a alegria se repete sempre.
Basta lembrar...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Eu sei que por muitas vezes você perdeu o fôlego só por estar ao lado dele, e deseja impacientemente que a sua perda de fôlego hoje fosse pelo mesmo motivo, ao invés de ser pela falta que ele te faz. Eu sei que quando você olha para algum canto da sua casa em que ele esteve ou em que você esteve com ele, bate um aperto no peito. Eu sei que todas as vezes que o telefone toca perto das nove, você deseja que seja ele. Eu sei que em algumas noites você deseja com toda sua força que o sono venha, porque você não suporta mais pensar que não o verá no dia seguinte. Eu sei que você fica pensando naquele sorriso doce, que só ele tinha, no jeitinho que ele balançava o cabelo, e na forma toda desleixada dele andar. Eu sei que as vezes você se pega imaginando cenas onde você e ele estão juntos e felizes novamente. Eu sei o quanto você sente falta daquele abraço apertado, e também sei que você faria de tudo para sentir ele só mais uma vez. Sei que tem vezes que você fecha os olhos e parece que está beijando ele novamente, como se fosse a primeira vez. Eu sei MUITO bem o quanto você sente falta dos beijos dele. Sei de tudo isso e mais um pouco. Sei que você se preocupa com o jeito que sai de casa, porque sai pensando que por um deslize, você o encontre na rua. Sei que você é capaz de tudo pra ter ele de volta. Aqueles defeitos irritantes que só ele tinha, aquele jeito teimoso, e aquela mania de sempre querer te tirar do sério, eu sei da falta que isso faz. Eu sei que você revivi cenas, volta no tempo, deseja que teu passado se torne presente mais uma vez.
E eu sei a dor que você sente quando descobre que seus planos de um futuro ao lado dele, não serão mais realizados. Eu sei o quanto as lembranças insistem em aparecer na sua mente. Eu sei que cada detalhe, cada lugar, faz você lembrar dele. Eu sei que você se proibiu de abrir aquela caixa com : bilhetes, papéis, cartas, fotos, enfim, memórias.
Mas eu sei também que você acabou fazendo o contrário, que já se viu abrindo a tal caixa diversas vezes, e que ao fazer isso bateu uma saudade gritante no seu peito. Aquela música que ele cantou pra você, a mesma música que tocou na primeira vez que vocês se beijaram, a música que era só de vocês, eu sei que você se proibiu de escutá-la. Eu sei que em algum dia você sentiu no ar aquele perfume que só ele tinha, e que ficou olhando para os lados na esperança de vê-lo novamente. Eu sei a falta que você sente do cheirinho dele. Eu sei como você sente falta dos amassos no elevador, no sofá, no cinema [..] e dos mil jeitos de esconder isso dos outros. Eu sei da confiança que você tinha nele. Sei das palavras de conforto que ele te dizia, que nem eram tão extraordinárias assim, mas que pra você soavam com o melhor poema do mundo. Eu sei que você fica relembrando aquelas conversas, que até um tempo atrás pareciam ser tão inúteis, mas que hoje fazem muita falta. Sei da dor que você sente, só de imaginar, que ele pode estar sendo feliz com outra pessoa. Seja pela falta, pela dor, pelas lembranças, pelos sonhos, eu sei muito bem das lágrimas que você já chorou, e que infelizmente, ainda vai chorar. Eu sei e como eu sei. Também sei que você já cansou de encontrar jeitos para esquecê-lo, e que você talvez já se convenceu que nunca irá esquecer. Sei que você já buscou em outros rostos, outros corpos, uma forma de esgotar essa falta. Mas eu também sei que no final você viu que isso só aumentou seu sofrimento, e que assim, descobriu que seu amor é realmente único, e insubstituível. E eu sei que parece que ninguém entende o que você sente, e que tudo o que te dizem soa como "mais alguma coisa" para teus ouvidos. Eu sei que no meio de tantos amigos, risadas, momentos, você se sente perdida , e que trocaria tudo pela companhia daquele menino. Eu sei o quanto você sente falta de fazer nada ao lado dele. Eu sei o quanto ele te dava atenção, e o quanto ele te fazia se sentir única, e amada. Eu sei que você torce para seu celular tocar, e que seja ele dizendo que está com saudades e que quer muito voltar pra você. Eu sei que você espera todos os dias para receber de volta aquela mensagem: "tenha um bom dia meu amor". Eu sei que você abre diversas vezes o seu email esperando encontrar algum oi que seja. Eu sei o quanto você gostaria de ouvir só mais uma vez um " EU TE AMO ". Eu sei como você amou esse garoto. E eu sei também, e mais do que ninguém, o quanto você ainda ama esse garoto!